domingo, 29 de junho de 2008

Amor Além da Vida

Ela jogou tinta no quadro que cuidou tanto e, com isso, desfez o sorriso dele no paraíso.
As folhas caíram e o céu escureceu. Dele ouvia-se a dor nos olhos e tive a impressão de ver rachaduras nas lembranças das pessoas que deixou pra trás.
Aos prantos, ela despedaçou-se no relento da solidão emocional e do abandono forçado pelo destino cruel. Suicídio. Inferno. Espera sem lembranças.
Ele e o paraíso namoravam sem muito amor... faltavam as pessoas que habitavam o coração estarem naquela música.
Enfim, ele tomou ciência da ausência de vida em sua amada e do seu novo lar escuro.
Ele a deixaria afundar em meio às piranhas devoradoras?
Não.
Então decidiu pular naquelas águas nefastas e proteger o ser amado do que fez a si próprio.
Ela não o viu quando conversou com ele: viu um outro alguém; viu apenas uma pessoa.
Os dias passavam e ela continuava com o coração vendado. Ele insistia em prosseguir com a demanda, mas percebeu que nunca conseguiria sem que ela o ajudasse também.
Resignou seu desejo de viver no céu e o converteu totalmente em amor, negando a luz pra ficar nas trevas com a amada, mesmo que ela nunca mais o notasse como antes.
[...]

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Destempero Com Sabor de Fome.

Será que não continuo sendo o mesmo?
O mesmo ignorante egoísta, insensível às inseguranças alheias quando a minha entra em campo?
Este ser repugnante, por loucura ou por paixão (redundantemente sinônimos), já foi digno de um pouco mais do que ocasionais 'saudações repetidas a esmo'.
Houve tempo e que bem antes de serem cordiais, as pessoas eram sinceras, eufêmicas.
As pessoas é que mudaram.
Abriram os olhos pros meus defeitos e esqueceram-se dos próprios.
Neste momento, trocamos de lugar.com a sensibilidade de quem precisa reagir, a ignorância força-se a ir embora e o egoísmo torna-se inseguro.
Se fosse pra eu roubar versos agora, roubaria apenas uma frase: 'errar na mesma proporção' e acrescentaria um 'e um pouco mais' pra personificar o itinerário do mês, onde o 'amor próprio' foi possessivo e destituiu os demais amores de seus postos.
Ora, olha o verdadeiro egoísta e insensível aí!
Despido de altruísmo para com seus irmãos, enfia-se numa redoma e joga sal nos olhos do bom senso.
Auto-suficiente, o amor próprio despreza outro amor como complemento da felicidade que pensa ter, querendo fazer tudo sozinho. Eleva o ego de quem o venera, usando como escada o vazio camuflado que deixa no peito (só se nota com o tempo).
Amar-se não é expropriar o amor da posição suprema, mas sim dar as mãos e caminhar no mesmo patamar e em busca da mesma felicidade.
Excesso de amor (conjugal, maternal etc.) ou de amor próprio, vividos separadamente, dá câncer!
Ame-se e cuide-se, é o que o ‘pólos’ amorosos têm que ter em mente e dizer ao 'oposto'.
Amo-te e cuido-te, é o que tempera a ponte.

[espero que não entendam como apologia ao 'não amor próprio']

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Sonho Clandestino

Não sou poeta
Não faço das palavras
Um brinquedo
Com papel
Nem meu violão
Quer deixar sua tristeza em casa
Nos boleros de plástico

Seria mais fácil
Se eu fosse o Vinícius de Moraes
Toda tarde de domingo
E se eu fosse
O palhaço charlatão
Do seu circo sem futuro

Mas meu caminho a chuva apagou
Nos meus olhos o céu nunca mais abriu
No meu caderno você desenhou
Algum sonho do Floyd ou do Tom
No seu sonho clandestino
Não sou mais que um menino

Seria mais fácil
Se eu fosse o Vinícius de Moraes
Toda tarde de domingo
Iria mais longe
Se eu pudesse ser
Um cobertor, um caminho.
O amanhecer com um sonho bom.


[em 20.11.2007, adaptada ao longo dos últimos instantes]

A Medida dos Anjos

Uma última chance, a cada dia, era o que ele pedia.
Uma amizade sincera, à distância, era ao que ela dava importância.
As lembranças davam esperança; os momentos, insegurança.
Os olhos pediam paz.
Os lábios temiam.
Os ouvidos queriam uma música feliz.
Os narizes estavam frios.
As mãos davam: uma dava pedra, a outra dava papel. (havia uma tesoura neste jogo que hora queria cortar tudo, outra hora queria apenas cortar o mal de alguns dias angustiantes).
Somos mesmo anjos! De uma asa só...
Precisamos os abraçar pra poder chegar às nuvens e levar os pedidos de felicidade eterna.
Se nos soltarmos, cairemos.
Se nos apertarmos, sufocaremos.
A medida certa é o amor. De preferência sem medida, como diz o ex-barbudo.
É juntar esforços pra ter o balanço certo entre a paixão e a amizade.
Este tal balanço é o que se chama amor.

Confusão Com Fusão ou Sem Fusão

Uma palavra.
Um segundo.
A última cena.
Tudo muda...
Salvar-se-á aquele que se arrepender no último suspiro?
Condenar-se-á aquele que pecar no último instante?
Eu tenho amor por você.
Eu tenho medo de você.
Algumas palavras; um ano e pouco... três semanas. Quase vinte. Mais que 17.
O resto de uma vida inteira.
Aprendemos todo dia...
Mas não sabemos lidar com nossas vidas.
Aprendemos?
Pratiquemos.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

O Pulso.

Um beijo de olhos abertos seguido de um abraço quase apertado. Os corações quase bateram juntos - as pessoas já haviam batido demais neles.
Agora um bate forte em si mesmo e apanha feio enquanto o outro observa de longe, indiferente. Este, só espera que o outro continue pulsando; aquele sonha em poder acordar do pesadelo de viver morto.
(8)... sonho, sexo, paixão...(8) e a Balada do amor Inabalável vai tocando cada vez mais baixinho pra quem sorria ao ver a cena.
Os atores interpretaram o ato final e a chuva molhou olhos demais sem perdão e, assim sendo, não houve aplauso final.

Sem Dança... Só Chuva.

Vieras assim, dia de chuva: sem livros, sem coca, sem sono.
A alegria da grande nuvem negra era ter companhia pra madrugada. Pingos em si bemol entoavam a ópera profunda antes da sonata em mi maior.
Tive também vontade de cantar, de dançar, de convidar... Mas a mulata de louça tinha um jarro pra levar não sei onde; o pescador de barro preferiu ficar no próprio barco; o resto, o povo de gesso, não detinha molejo algum e, os que pareciam ter a tal graça, já tinham par.
Desisti enfim.
Fui tomar chá e encontrar metáforas na minha imaginação pra escrevê-las á lápis grafite. Pensei na minha caneta, mas as nuvens encobriram todas as estrelas.
[...]

domingo, 22 de junho de 2008

Teorema

naquelas horas que te encontro
pensando sobre o tempo
que vai queimando
teus cigarros na memória

eternos planos sem encanto
envelhecem os teus cabelos
no cotidiano dos teus sonhos
tudo na vida é descartável

quando ninguém mais vai ao teu quarto
e o silêncio te joga no fundo da cama
onde havia alguém
agora há sombras
onde está a pedra que marcava o caminho
da tua volta pra casa?

[em 10.07.2007, adaptada em 13.03.2008]

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Fim de Tarde, Um Novo Começo.

No início, não passava de uma bola laranja qualquer. Para alguns, era mais cenoura do que laranja.
Fazia um pouco de frio naquele horário: céu aberto, sem sol, sem estrelas... sem torcida.
Quem passava, não parecia entender a importância daqueles movimentos imperfeitos repetidos até aproximarem-se de algo bonito ou útil. Fizeram pouco caso e, com isso, assim tivemos um momento só nosso 'o momento'.
Pensar que minha paixão havia empedrado com o tempo e a distância era um ledo engano.
Consegui ser simpático e fui agraciado com belos sorrisos. Os tais reconfortaram e serviram de incentivo (nunca fui de desistir mesmo...).
A cenoura redonda também foi encantando-se com meus esforços e nos tornamos cada vez mais cúmplices. Foi uma dura conquista. Havia o tal friozinho na barriga a cada investida. Éramos mais que amigos naquele momento e, naquela simbiose, voltamos pra casa abraçados.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Duas flores no Deserto

O ímpeto de termos flores
Num deserto frio e salgado
Faz brotar nos olhos a chama
Essência de nosso abrigo

Fragilidades partilhadas, despedaçadas
Por uma única bandeira
Avistada num olhar audacioso
Por cima das dunas, a esperança

Querendo ter teu cheiro
Impregnado em minha boca
Sempre que ela tocasse
Num beijo quente, tua rosa

Vivo cantando a vida (nos versos)
Que eu queria ter feito
Do nosso oásis perfumado
De cirandas e valsinhas, todo o tempo.



[em 21.12.2006]

Algumas Horas Depois

Ando parecendo um deserto
Na falta do meu oásis,
Do meu recanto de olhos que parecem água,
Dos beijos que saciam a sede.
A amplitude do que penso já toma conta de mim.
Não há limites pra sentir-se só...
Depois de ser completo,
Saudades não têm tradução porque dói pensar muito nisso.
Chego ao absurdo de pensar em traição
E
começo a olhar pra uma garrafa ácida
Como tiro certeiro de misericórdia...
Não faço nada...espero por ela; por você.
Contra tudo e contra todos,
Faço preces ao coração que se desfaz em pranto,
Para que faça companhia à esperança
Até que ela morra de satisfação no reencontro.


[em 23.08.2007]

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Fernando Pessoa

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.

Perda?

Pode dizer que ‘perdeu’... aquele que rasgou e deixou tudo pra trás? 'Foi melhor assim'... deixar a covardia ser sua guia? Quem deu legitimidade ao tempo pra que ele julgasse a procedência de dois corações?

O tempo só nos envelhece... serve muito pros que não querem viver, encarar de frente a vida. Enquanto a melancolia parece tomar conta dos meus olhos úmidos, o tempo é quem deixa minha comida ficar fria enquanto penso nos planos frustrados, enquanto olho pro prato solitário sob a mesa pálida.

Penso em coisas tímidas que fiz como o adeus que não teve veemência suficiente; no amor que nasceu, cresceu e morreu estéril; na falta de piedade dos carrascos consigo próprios ao chegar a casa... talvez arrependimento. Os Senhores dos Anéis não mais se fartarão das empolgações do pobre homem que acreditava mudar de vida e deixar de causar sofrimento aos próximos.

Não. Eu não sou o carrasco dessa história. O tempo é que castiga e acaba com o futuro... transforma-o em passado num piscar de lábios. Sou o ponteiro do relógio: ando em círculos; preciso de corda pra andar... sinto que estou parando.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Castelos de Areia

Fico admirado com a bela forma de escrever coisas tão tristes. Esse mundo é mesmo difícil de compreender... Amores e mágoas sob o mesmo teto; Cortesia e gentilezas comungando com a grosseria e o egoísmo.
[...]

Maturidade nas paixões requer tempo, paciência e dedicação... Toda paixão, no início, é latente, mas também é frágil. Mesmo um castelo de areia pode ficar de pé pela eternidade se não deixarmos os ventos, a água, os tremores, as pessoas, [...], interferirem na sua plenitude. Além do mais, podemos reforçar suas paredes com pedras angulares e coloridas. Podemos colocar esse castelo de paixão sob uma redoma, similar à da Flor do Pequeno Príncipe, uma redoma de e por amor.

A bem da verdade, todo relacionamento deveria começar na areia... como brincadeira de criança. Sem tecnologia ou grandes arquiteturas... Quando um cai, o outro estende a mão; quando um bate no outro, se arrepende e o afaga; quando um ri, o outro também; quando há "ingênua claridade" e quando há "silêncio", tem que haver cumplicidade nas horas difíceis. Quatro mãos construindo e limpando-se.

Talvez a melhor maneira de lidar com um problema seja ajudando os que também o tem. Há castelos pra uns que não passam de poeira pra outros. Compreender a necessidade da ação deve vir depois da outra compreensão, que é, a priori, a mais importante: a compreensão da necessidade de ajudar!

sábado, 7 de junho de 2008

Mulheres no meu quarto...



Mãos dadas, sorrisos e lágrimas. Falavam de mim o tempo inteiro.
- Estão tramando coisas!
Era o que o meu lado inseguro e sádico gritava em meu ouvido esquerdo.
Já no direito, o anjo da compreensão sussurrava esperança e paz.
- Elas amam você, seu bobo!

Indecisão era o que meus dedos demonstravam, a cada tecla pressionada - eu não era o herói, mas meu cavalo já falava inglês. Eu estava muito próximo de ter um bom insite, "brain storm", como dizem os grandes produtores de dinheiro de Hollywood, que, por sinal, deveriam interessar-se pela minha vida... (ao menos eles... é pedir demais?).

Mas não tive insite e nem surgiram produtores. Era só adrenalina.
Não sei do resultado da trama amorosa (vou chamar assim pra atender tanto à direita como à esquerda).
Tenho medo de perguntar.
Elas sabem o que fazem... e se não souberem, eu só posso esperar que o acaso nos defenda.



hakuna matata!

PS.
Amo vocês!
Tchica, sempre há uma maneira de ser bom (a) de novo.

Atordoado.

“Fico feliz por saber que por mais decepções que a vida nos oferece, há dentro de mim uma esperança ‘imortal’, que parece me fortalecer nos momentos mais tristes.
Fico feliz quando alguém se importa e nota o que eu faço. Acho que todo ser humano tem um pouco de vontade de ser compreendido e reconhecido”.

São palavras de quem me fez feliz, me fez amar.
De quem me mostrou que mudar pra melhor, não é perder minha essência; mudar pro próprio bem, traz bem a quem amamos.
Mostrou-me os valores que há muito tinham se perdido de mim... a ver a lua brilhando, o sorriso brotando, a amizade nascendo.
Por mais coisas óbvias que eu disser, ainda estou atordoado com o que fui capaz de fazer... capaz de esperar o pior de quem se dedicou mais do que eu mereci por todo o tempo.
Ao menos resta buscar a redenção do perdão.
Trazer a felicidade a quem eu tirei.
Quiçá, voltar a merecer um 'eu te amo' cheio de sorrisos.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Bic

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que a Bic sempre acaba?

Tinha a ponta grossa e macia, era bem comum encontrar nela a felicidade de muita gente... Mesmo em quem não possuía uma, tinha nelas um ponto de referência ou simplesmente dava à consagração dos seus tons, em especial do azul, importância deveras.

Era dedicada. Era forte. Uma simples queda, caso não reiterada, não era capaz de suprimir seu amor pelos sentimentos, em especial, o próprio amor. Mas o 'tempo' (que às vezes nem chega a nascer) deteriora tudo, todos, todas elas...

Pena que as lágrimas borram tudo. Pobres dos bilhetinhos azuis e de quem depositava neles as maiores esperanças da vida. Diferente do que ocorre na vida real, quando alguém demora demais pra expor algo importante, deixando suspenso no ar o clima tenso, nos filmes as palavras sempre vêm de forma afirmativa, construtiva... era como se aquilo fosse algum coito entre a expectativa ruim e a boa, e dele nascia a felicidade: um 'sim' azul.

O Lulu, neandertal do pop n' roll, me disse que "a morte cai do azul"... mas ele não é o último romântico! Nem eu... não tenho mais minha Bic azul.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

coke & smoke

Parceiros (ou 'as' pra quem preferir chamar assim – eu prefiro e assim o farei) há décadas, das noites insólitas e ébrias, têm muita história pra contar, mas em geral, ficam em silêncio mesmo... Num jogo de sedução inerte, que atrai olhares que salivam, que babam...

A conquista do espaço requer dedicação:

Primeiro passo é levantar-se, mostrar grandeza... Ir direto àquela maravilha high tech branquinha e fria, abri-la aos poucos pra não haver gemidos... Daí ela entrega-se e entrega! Molha todo o copo e pede que a língua seja usada...
O segundo passo requer atenção! Ter bons reflexos e cuidar bem dos dedos... Tarada numa boca carnuda com gostinho da companheira ainda latente – ou de skol, adora um brinquedinho flamejante, que por sua vez, morre de amores por carícias com o polegar (de preferência o da mão direita), mas isso não vem ao caso.

E a orgia trafega pela casa na noite antes solitária - computadores nuca aprenderam a ser afáveis... Uma névoa toma conta do ar e lá se vai a primeira, tragada com força, a plenos pulmões. Depois, ao sentar, a segunda vai desvanecendo-se vazia com o clima, trazendo prazer ao passar pelo pescoço, pra, em seguida ficar, acariciando a bexiga do felizardo (a)...


O Senhor Cigarro adverte: o Governo faz mal a saúde!
Curta o lado coca-cola da noite!

Dual

É engraçado como num momento crucial, que é a primeira postagem no meu primeiro blog, nada me ocorra pra iniciar o texto além de dizer ‘é engraçado’.
tsq tsq
Sendo ou não, crucial ou engraçado, não é bem minha praia... meus últimos dias é que têm sido cruciais, mas com muito pouca graça. (e talvez eles deixem de ser praia...).
é difícil esperar esperança de alguém quando a minha própria anda com medo das exigências que eu faço. É difícil manter-me firme depois de tantos “não’s” em tão pouco tempo.
Não se pode vencer uma batalha contra si próprio sem sair perdendo...
O legal dessa vida é estar de bem com a própria sombra, com o espelho, com o que se come... Comsigo mesmo! É se resolver antes de mais nada e de quase tudo.
O grande problema é deixar de ser um “eu” para ser um “nós”.
Chegando a essa epifania, as coisas tendem ficar mais bonitas, mais calmas, mais carinhosas... Por pouco tempo!
Logo o “nós” será mais complexo do que uma letra do Zé Ramalho falando sobre a mente do Dr. Lecter. Nenhum dos “eu’s” quer largar o osso da vida que leva: o lado esquerdo da cama, o último biscoito do pacote, os scraps carinhosos e incômodos advindos de terceiros (e às vezes quartos...).
Por mais que se lute, sempre sobra um pedacinho de motivo do dia anterior pra requentar e usar no dia seguinte como complemento.
E o “nós”, como é que fica enquanto os “eu’s” devoram-se e vomitam-se?
Ele, o “nós”, não tem culpa de ter nascido... cada “eu” deve assumir sua responsabilidade quanto à existência dele, o “nós”, e ouvir o que o velho sábio disse usando os últimos bônus da TIM que ainda lhe restavam: “a grandeza de um homem está nas coisas que ele pode ceder”.



“Felicidade
Não existe
O que existe na vida
São momentos felizes
Vamos fazer dessa noite
A noite mais linda do mundo”
(Odair José)

Let’s move!

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