domingo, 21 de setembro de 2008

L'Avventura Desventurada

Nada é fácil, mas algo há de ser certo.
Não façamos das nossas vidas algo desonesto.
A prudência... bem, não anda ao meu lado há um bom tempo, porém, seguir regras não é coisa simples.
Olhares contam histórias, mas só quando se entreolham.
Frutos e flores eu já tive; eu tenho.
O que eu era ainda é e ainda serei novamente. Busco e encontro-me no mesmo lugar da inconstância e sinceridade.
São amplitudes diferentes: planos, sonhos... o dia de amanhã não parece com o de hoje e nem o de ontem parece com algum que já tive.
As palavras sim... aquelas coisas inúteis. Estas mesmas. Teimam em ecoar nos papéis digitais. a confusão é iminente.
Hei de encontrar um sentido quando precisar... nada faz sentido e, talvez, esse seja o sentido onde não há; abandonar uma razão não encontrada e lutar pra não viver em função dela.
Eu sou o porquê, a razão e o motivo, mas não consigo entender.

[julho de 2008]

sábado, 20 de setembro de 2008

Artigo Preposicionadamente Irônico

Quando deixei minha casa, deixei nela 18 anos de busca por mim mesmo. Nunca quis admitir, mas nunca aprendi a dizer 'não' ou a fechar portas depois de passar por elas (igual à Calcanhotto) - as portas fechavam com o vento mesmo... era só eu me descuidar.

Vaguei por quilômetros e encontrei, atrasado uns seis meses, um abrigo próximo ao pontual - e, realmente, tirei alguns atrasos intencionais nele. Aprendi muito comigo mesmo; apanhei bastante e fui cansando.

Minha residência pontual perdeu seu guia religioso que, por sua vez, abriu os olhos e sentiu o sol na Íris: era o fim da meditação e o começo das provações.

Já se foram duas décadas e ainda esperava pelo que só me ocorreu há pouco: minha casa veio a mim, guiada por nove luas, ela me encontrou quando me perdi em mim tentando me encontrar. Minha casa me trouxe um pouco de fé na vida.

Fé...

Eu que não creio, agradeço à Santa Laura por ser o que eu precisava antes mesmo de eu saber disso.

"Às vezes, quando se perde, se ganha."

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A Complicação da Fuinha Que Quer Ser "Macaco-Mordomo"

Existem fugas que glorificam o espírito dos que têm bom coração, bem como, existem paixões que nos mostram um outro amor. Um amor maior que o certo ou o errado; maior que a própria existência passageira de seres egoístas por fora, mesquinhos e iludidos. Sim, este sou eu - mas não falo de mim.
Este é mais um texto em que, por viver experiências alheias, escrevo na tentativa de alertar a quem amo. Amor este, que nasceu em mim quando os sentimentos de outrem me tocaram não eram sentimentos dirigidos ao meu ego carente. Não era vontade de ser bom nem muito menos era o caminho que eu esperava trilhar. Ouvir um coração humano batendo de angústia ansiando por uma felicidade fugida de casa, me levou a procurar essa casa; a procurar uma felicidade que não é minha, em si, mas que se tornará quando for completa em seu verdadeiro ninho.
Há dias que venho lembrando dos grãos que morrem e das larvas que hibernam e tudo isso me guia pra um bem maior que eu, na minha pequenez, fui a gripe que alertou para ter cuidado com a saúde; um vírus qualquer que encontrou função num organismo complexo que depende da sua simbiose pra ser completo. Amem-se... já se amam! Amém.



[dedicado]

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