sexta-feira, 24 de julho de 2009

Tecnologia Reacionária

A princípio, aquele ano foi surreal demais pra minha memória, e isso é tão verdade que ela não demorou muito a sucumbir. Dos seus cacos ainda consegui fazer um mosaico pra pendurar no pescoço: era como um... era quase um pendrive ou algo mais eficiente, tão eficiente que ainda não sei o nome. Mas era tão eficiente, insisto, que funcionava sem sequer receber ordens ou pedidos. Nunca vi tanta dedicação numa pessoa quanto vejo naquela coisa que criei de alguns pedaços de mim. Noutro dia, ao pensar sobre isso, cheguei a pensar que eu tinha tirado minha placa dedication off-board junto da memória por engano.

Em meio, neste ano, e já de memória nova e bem mais rápida, só esqueci de recarregar as pilhas da minha besta fumegante feita de restos de coisas importantes (talvez este fique sendo seu nome) e com isso ela passou a pesar um pouco mais sobre mim, como que por vingança...mas eu fiquei mais forte com isso, afinal, nada como malhar as idéias usando o pescoço enquanto pesco sonhos em terras vizinhas.

Enfim, estou farto das coisas que escrevi e escondi de mim em seguida; cansado das que não escrevi, mas ficaram estampadas na minha melhor camisa; e, estou exausto, precisando de manutenção. Negacearam minha nota fiscal e eu costumo jogar minha garantia na cabeça de quem se atreve a chegar muito perto. Coesão, seqüência e coerência são coisas do passado.

[não se engane: não há nada terminado aqui]

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